
O mês de setembro marca a campanha Setembro Amarelo, voltada à prevenção do suicídio e à valorização da vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos no mundo, o que reforça a urgência em falar sobre saúde mental como parte essencial do bem-estar humano.
De acordo com a coordenadora dos cursos da área da Saúde do Senac Santana do Livramento, Aurélia Ribas, a saúde mental, junto à saúde física, fala muito sobre como está o ser humano na atualidade. Ela ressalta que o Técnico em Enfermagem desempenha um papel fundamental na identificação precoce de sinais de sofrimento emocional, acolhendo o indivíduo, oferecendo apoio e estreitando vínculos para depois oferecer a ajuda necessária. “É importante reconhecer quando há exacerbação de alguns sintomas e abandono de atividades cotidianas que antes davam prazer a esse indivíduo”, explica Aurélia.
Estratégias de acolhimento
O profissional de enfermagem a nível técnico tem a capacidade de apoiar pacientes e estar presente no dia a dia daqueles que sofrem com dificuldades mentais enquanto estão, por exemplo, internados em um hospital. Essa proximidade permite identificar mudanças sutis no comportamento e atuar com acolhimento imediato, prevenindo agravamentos.
Entre as estratégias que os profissionais de enfermagem podem adotar para acolher pacientes em situações de vulnerabilidade psicológica, estão a formação de vínculo, a escuta ativa e a oferta de serviços de apoio. “Os problemas relacionados à saúde mental podem se manifestar em todas as idades, gêneros e faixas etárias, exigindo uma atuação ampla e inclusiva”.
Atuação humanizada
Aurélia também reforça que a atuação humanizada do Técnico em Enfermagem ajuda a reduzir o estigma em torno da saúde mental, já que o sofrimento pode acontecer com qualquer pessoa. Por isso, o acolhimento deve ser feito com empatia e livre de preconceitos, seguido do encaminhamento correto para serviços de apoio. “É essencial que haja sensibilização dos profissionais em relação à saúde mental para um acolhimento sem preconceitos e uma escuta livre de julgamentos”, conclui.